A falta de leitos hospitalares é uma forte realidade no Brasil, o que não significa que seja um fator cultural. Na verdade, diz muito sobre a eficiência da gestão hospitalar.
Para mudar esta realidade, inovações tecnológicas surgem para auxiliar gestores a gerenciarem o ponta a ponta da jornada do paciente no hospital.
Tecnologias de ponta, como a Inteligência Artificial, vêm ao encontro desta necessidade, contribuindo para um adequado índice de giro de leitos hospitalares enquanto garantem a segurança com a saúde e a satisfação do paciente.
Neste artigo, falamos sobre como gestores hospitalares podem contar com a tecnologia para melhorar o giro de leito, um dos indicadores mais essenciais da gestão hospitalar, garantindo um atendimento mais adequado aos pacientes e otimizando o trabalho para os profissionais de saúde, além de possibilitar um melhor retorno financeiro para o hospital.
Qual a importância do giro de leito?
O giro de leito é um indicador que demonstra se os pacientes estão tendo um tempo de permanência adequado no hospital, tanto do ponto de vista da gestão da instituição quanto da saúde do paciente. Isso significa que ter uma boa taxa de giro de leitos impacta no ganho de produtividade do hospital e eficiência no tratamento aos pacientes, refletindo diretamente na experiência do paciente com a instituição.
No entanto, alguns desafios podem ser encontrados para a adequada gestão dos leitos hospitalares.
Desafios no giro de leitos
Os problemas relacionados ao giro de leitos de muitas organizações de saúde podem estar diretamente ligados à falta de controle sobre os recursos, falha na comunicação dentro da organização e ao entendimento incorreto sobre os processos necessários para que o fluxo de atendimento seja seguido da maneira correta.
Isso acontece de forma recorrente porque os profissionais, muitas vezes, não estão acostumados a trabalhar de maneira coordenada, e são guiados por processos fragmentados. Isso torna ainda mais complexo o entendimento da equipe sobre a jornada do paciente, não permitindo que o profissional analise oportunidades de alta ou outros aspectos que possam melhorar o giro de leitos.
Quando este índice está ruim, ele prejudica a gestão de leitos, trazendo consequências negativas, como:
- Tempo de permanência prolongado, aumentando o risco de contrair uma infecção hospitalar, segundo a ANS.
- Experiência do paciente prejudicada e com avaliação desfavorável;
- Desperdícios financeiros para o sistema de saúde pelo inadequado uso de tempo, recursos humanos e medicamentos;
De forma resumida, entender o ponta a ponta a jornada do paciente dentro da instituição é uma necessidade não só para que o giro de leito seja feito da forma correta, mas para que também o desfecho do cuidado ao paciente seja o melhor possível.
Como calcular giro de leito hospitalar?
O cálculo da rotatividade dentro de um hospital pode ser feito por meio de uma fórmula simples. O índice de rotatividade de leitos se refere à relação entre o número de pacientes que saíram da unidade de saúde, por altas ou óbitos, e o número de leitos disponíveis no mesmo período.
Assim, o cálculo desse índice pode ser feito da seguinte maneira: calcule o número de pacientes que saíram da instituição em um determinado período de tempo; logo após, divida pelo número de leitos disponíveis no mesmo período.
Como resultado deste cálculo, é obtido o índice de giro de leitos. Logo, se a gestão deseja melhorar este resultado, precisa atuar na otimização do tempo de permanência hospitalar.
Como usar a tecnologia para a melhorar o indicador giro de leito?
A necessidade de otimizar processos e tornar a jornada do paciente mais eficiente é uma realidade dentro das instituições e impacta diretamente no giro de leitos. De acordo com o relatório Observatório da Anahp de 2024, a tecnologia desempenha um papel fundamental na eficiência administrativa:
“Alto padrão de performance tecnológica possibilita celeridade na tomada de decisão por parte do gestor hospitalar.”
Nesse contexto de melhoria do giro de leitos, a tecnologia pode ajudar colaborando com a otimização dos fluxos hospitalares, descobrindo, monitorando e otimizando processos a partir da extração de informações disponíveis em sistemas de informação já utilizados pelos hospitais. Por exemplo: CRMs, ERPs ou prontuários eletrônicos. Isso se aplica a diferentes processos dentro das instituições de saúde.
A Inteligência Artificial em conjunto com Process Mining (ou Mineração de Processos) tem contribuído para a melhoria da jornada do paciente. A tecnologia realiza a extração de dados contidos nos sistemas de informação já adotados pelo próprio hospital. Isso permite identificar áreas com excessiva demanda ou pacientes que estão há muito tempo sem receber cuidados, por exemplo. Além disso, auxilia a gestão apontando desvios de tempo e custos nos processos.
Outro uso da IA é para a emissão de alertas em tempo real sobre, por exemplo, tempos excedidos para uma etapa do processo. Isso ajuda a tornar a jornada do paciente um processo mais eficiente e, consequentemente, que o paciente receba a alta hospitalar no momento certo.
4 formas de usar tecnologia para gestão de leitos
Como falamos anteriormente, a tecnologia baseada em Inteligência Artificial e Process Mining atua na descoberta, mapeamento e otimização de qualquer processo dentro das instituições de saúde. Para colaborar com a otimização do giro de leitos, essa solução pode ser aplicada em diferentes contextos, como esses a seguir.
- Para reduzir o tempo de setup de sala e intervalo de substituição
O tempo de limpeza e organização das salas, principalmente em centros cirúrgicos, determinam o intervalo de substituição entre um atendimento e outro. O tempo de setup de sala impacta diretamente no giro de leito pois, se esse trabalho é feito corretamente, é capaz de reduzir custos operacionais, atrasos entre os procedimentos, garantir maior segurança ao paciente, reduzindo o risco de infecções.
O tempo de setup bem executado determina a agilidade de todas as cirurgias do dia. Com os tempos corretos de entrada e saída de pacientes, seja em leitos normais ou cirúrgicos, o giro de leitos só tem a melhorar.
A ferramenta de Inteligência Artificial e Process Mining ajuda a controlar os tempos de entrada e saída dos pacientes, bem como verificar a conformidade de materiais, medicamentos e outros insumos necessários para iniciar um procedimento da maneira correta, evitando intercorrências que podem atrasar esse processo.
- Para reduzir o tempo de permanência hospitalar
O alto tempo de permanência hospitalar, além de ser um grave problema de gestão, pode causar danos à saúde do paciente, porque quanto maior o tempo de permanência de um paciente dentro do hospital, maiores as chances de um quadro de infecção hospitalar.
Quando o tempo de permanência do paciente aumenta, pode significar que há grande variabilidade no tratamento, ou que alguns processos não estão sendo executados da maneira correta. Para ambos os casos a solução de IA e Process Mining pode ser uma alternativa.
Observe que, com a ajuda da tecnologia, os hospitais conseguem monitorar a jornada do paciente, entendendo passo a passo sua trajetória e compreendendo as variabilidades do seu tratamento. Da mesma maneira, avaliando ponta a ponta o fluxo do paciente, a instituição consegue averiguar quais processos estão com falhas que podem prejudicar no tempo de alta do usuário do sistema, agindo em tempo real para reduzir esse período.
Ao se integrar com a SIGTAP, DRG ou Autorização do Convênio, a tecnologia vai além de ajudar a melhorar a taxa de ocupação de leito e garantir a utilização da capacidade instalada. Ela ajuda a reduzir o tempo de permanência dos pacientes; monitorar a adesão aos protocolos para identificar oportunidades e desvios; padronizar processos e a gestão de custos, prever produção e receita.
Falamos sobre esse tema em vídeo com 8 estratégicas para reduzir o tempo de permanência nos hospitais. Assista:
- Para otimizar a taxa de ocupação
Para aumentar a produtividade do seu Centro Cirúrgico é necessário otimizar o giro de leito, para que assim exista vazão às cirurgias que estão pendentes de agendamento.
Ao mesmo tempo, um número de ocupação muito baixo significa que unidades podem estar sendo mal aproveitadas e gerando um gasto desnecessário, o que também é um problema para o gestor hospitalar. Com a ajuda da mineração de processos esses cenários podem ser mapeados e entendidos para que sejam organizados e otimizados.
- Para revelar desvios na jornada do paciente
A jornada do paciente dentro de uma instituição de saúde ocorre desde a retirada da senha até sua alta. Nesse meio tempo muitas etapas acontecem e precisam ser monitoradas para que nenhum desvio aconteça e o tratamento do paciente ocorra com eficiência.
Para que essa jornada tenha êxito, estabelecer processos e monitorá-los com auxílio da tecnologia é a melhor maneira de fazer uma eficiente gestão hospitalar, que impacta não apenas na melhoria do giro de leitos, mas também de outros processos necessários para o bom funcionamento do sistema de saúde. Isso pode ser alcançado por meio de um Command Center.
Como melhorar a jornada do paciente com um Command Center
Utilizado por hospitais nacionais de referência, o Command Center foi recentemente inaugurado no Hospital Unimed Serra Gaúcha, em Caxias do Sul (no estado do Rio Grande do Sul, Brasil).
Utilizando a tecnologia de IA e Process Mining da UpFlux, este Command Center permite que o hospital faça o monitoramento de ponta a ponta da Jornada do Paciente, do Pronto Atendimento à Desospitalização.
“O Command Center permite uma gestão visual, em tempo real, em que as ações aconteçam naquele tempo para a tomada de ações. Essa solução nos ajuda a reduzir o tempo de permanência do paciente dentro do hospital, a evitar atrasos e cancelamentos. Na redução de desperdício com exames, materiais e medicamentos. Ela ajuda a otimizar o giro dos leitos disponíveis para que não haja falta de leitos e o paciente fique o tempo necessário e nada mais além disso.”
Fabrício Dhein, CIO da Unimed Nordeste-RS para o portal Baguete, em 20 de maio de 2024
Outra instituição que também já utiliza o Command Center com a tecnologia da UpFlux é o Hospital da Unimed Campo Grande.
No perfil oficial da cooperativa no LinkedIn, foram divulgados seus objetivos com a implementação deste centro de comando:
- “Modelar e personalizar a definição estratégica da cooperativa;
- Monitorar a experiência assistencial desde a entrada, trânsito até a saída dos pacientes;
- Realizar diagnósticos da causa raiz incorporando análises prescritivas para apoiar a tomada de decisão;
- Garantir uma visão 360º para antecipar situações futuras de não conformidades assistenciais e econômicas.”
Leve a tecnologia do Command Center para seu hospital!
Com reconhecimento nacional e internacional, UpFlux é a IA número 1 em Otimização de Processos na América Latina, com ampla experiência em ajudar instituições de saúde a alcançarem resultados de impacto no dia a dia dos hospitais e na receita hospitalar.
O nosso próximo webinar sobre Command Center já está com data marcada. Participe e descubra mais sobre como esta inovação está transformando a gestão e os resultados dos hospitais: